26 de dezembro de 2012

Domingo IV do Advento


Domingo IV do Advento

23 de dezembro de 2012

Eis a escrava do Senhor:
faça-se em mim segundo a vossa palavra


Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.

A primeira leitura sugere que este mundo novo que Jesus, o descendente de David, veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens.

A segunda leitura sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus.

O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO IV DO ADVENTO


I Leitura:               Miq 5, 1-4a

«De ti sairá Aquele que há-de reinar sobre Israel»


Completando a profecia de Isaías sobre o «Emanuel» (Deus connosco), o profeta Miqueias, seu contemporâneo, anuncia o lugar do nascimento do Messias Salvador e descreve a Sua missão.

Será na cidade davídica de Belém, cujo sobrenome Efrata exprime a fecundidade messiânica, que dará à luz Aquela que será a Mãe do Salvador. Aí nascerá o Rei futuro, que será Pastor do Seu Povo. Com o Seu nascimento, não só trará a Paz, reunindo os filhos de Deus dispersos, como Ele mesmo será a Paz. O Seu nascimento, com efeito, significa a presença de Deus no mundo, o fim do afastamento de Deus com o pecado e a reunificação universal dos irmãos      

Salmo  79

Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,

mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.


II Leitura:             Hebr 10, 5-10


«Eu venho para fazer a vossa vontade»


A entrada de Jesus no mundo está orientada para o drama da Cruz e o triunfo da Páscoa. O mistério da Encarnação é inseparável do mistério da Redenção. O esplendor da Páscoa ilumina já a aurora do Natal.

O Filho de Deus, preexistente na natureza divina, desde o momento da Sua entrada no mundo pela Encarnação oferece-Se como vítima. E esta oblação divina e humana santifica e salva desde esse momento, virtualmente, unida à sua expressão prática na oblação da Cruz.

Ao assumir a nossa condição humana, para a salvar, aceita os desígnios de Deus sobre Ele e ensina-nos a viver a vida como realização quotidiana da Vontade de Deus, na santificação interior, pela obediência e o amor.

               

ALELUIA                Mt 1, 38
Eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a vossa palavra.


Evangelho             Lc 1, 39-45


«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»


As intervenções de Deus na História da Salvação são, por vezes, designadas como «visitas» do Senhor ao Seu povo. Maria aparece intimamente unida a esta «visita» do Senhor ao Seu povo. Ela é, na verdade, a morada de Deus entre os homens, a nova Arca da Aliança.

 Em Maria concretiza-se, de algum modo, o encontro de Deus com a humanidade. Ela inicia a era messiânica. É a mulher que assegura ao seu povo a vitória absoluta sobre o pecado e o mal. Esta união continuará no prolongamento da «visita» do Senhor a todos os homens, que é a vida da Igreja.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 24 A 29 DE DEZEMBRO


Seg 24

Is 9, 1-6 – Salmo 95 – Tt 2, 11-14 – Lc 2, 1-14

“Nasceu-vos hoje um Salvador”


Ter 25

NATAL DO SENHOR  (S)

Is 52, 7-10 – Salmo 97 – Hb 1, 1-6 – Jo 1, 1-18

“O Verbo fez-se carne e habitou entre nós”


Qua 26

Santo Estêvão, primeiro mártir  (F)

Act 6, 8-10 – Salmo 30 – Mt 10, 17-22

“Não sereis vós a falar mas o Espírito de vosso Pai”



Qui 27

São João, Apóstolo e evangelista  (F)

1 jo, 1, 1-4 – Salmo 96 – Jo 20, 2-8

“O outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro”


Sex 28

Santos Inocentes, mártires  (F)

1 Jo 1, 5-2, 2 – Salmo 123 – Mt 2, 13-18

“Herodes mandou matar todos os meninos de Belém”


Sab 29

São Tomás Becket, bispo e mártir  (MF)

1 Jo 2, 2-11 – salmo 95 – Lc 2, 22-35

“Luz para se revelar às nações”


PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:


Sir 3, 3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)


«Aquele que teme a Deus honra os seus pais»

Salmo 127

Ditosos os que temem o Senhor, ditosos os que seguem os seus caminhos


Col 3, 12-21

A vida doméstica no Senhor.

Lc 2, 41-52

Jesus é encontrado por seus pais no meio dos doutores

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 22 DE DEZEMBRO   (18:00h)

·         Rosa de Jesus; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas, Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Emídio Ribeiro, José Gomes de Araújo; Francisca Moreira Pinto; Associados da Mensagem de Fátima; José de Araújo; António José Lino; Ricardo Luís e filha; Fernando Monteiro da Silva Cabral

 INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 30 DE DEZEMBRO   (10:00h)

·         António Pinto, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira

-25 DEZ: - Natal do Senhor – Eucaristia, 10:00h

- 28  DEZ- Reunião do Conselho Paroquial de Pastoral 21:00h, na residência paroquial  

NATAL DO SENHOR


“Exultemos de alegria no Senhor, porque nasceu na terra o nosso Salvador” é a antífona do Cântico de Entrada da Missa da meia-Noite, que dá o devido tom de exaltação a esta solenidade, magnífico pórtico para este feixe de Luz, mistério de Jesus, fazendo logo ver o Natal à Luz da Páscoa, a “Páscoa do Natal”.

“Hoje, sobre nós, resplandece uma Luz: nasceu o Senhor”. A antífona da Missa do Dia continua a indicar o “para nós” deste Filho e do Seu Mistério trazendo ao de cima outra vez a pauta de Isaías: “Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado”. Não havia lugar para eles (José e Maria) na sala. É neste estábulo anexo à sala de hóspedes que vai nascer Jesus.

Vem depois a manifestação desta notícia aos pastores dos campos de Belém. Os pastores são os últimos da sociedade e não entram nas contas de ninguém. É aos pastores de Belém que o mensageiro celeste anuncia a Alegria do nascimento de um salvador para todo o povo, Hoje nascido em Belém: um recém-nascido envolto em faixas, deposto numa manjedoura. É preciso também ver já aqui a Luz da Páscoa, com o corpo de Jesus a ser envolto num lençol e deposto num sepulcro. Mas também a sala onde não havia lugar para eles reclama já a sala para comer a Páscoa.

A Basílica da Natividade guarda na sua cripta o mistério do nascimento de Jesus, da pobreza, da humildade, do amor, da paz. Daquele e daquilo que não tem lugar na sala do nosso bem estar, poder, ódio, ostentação, tirania. Na tua sala e na tua casa há lugar para quem e para quê, meu irmão deste Dia de Natal?

D. António Couto, Estação de Natal

10 de dezembro de 2012

Domingo II e III do Advento


Domingo III do Advento
16 de dezembro de 2012
O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
 O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.
 A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.
 A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO III DO ADVENTO
I Leitura:             Sof 3, 14-18a
«O Senhor exulta de alegria por tua causa»
O convite à alegria, dirigido pelo profeta a Jerusalém, está fundamentado nesta certeza consoladora: Deus, o Rei de Israel e o Salvador, está presente no meio do Seu Povo, apesar das desordens e pecados passados.
Esta presença amorosa de Deus traz consigo o perdão, suspendendo o castigo, afastando o medo e o desalento e dando origem a uma renovação tão maravilhosa que o próprio Deus Se alegrará perante esta nova criação.
               
Salmo                   Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 6)
Povo do Senhor, exulta e canta de alegria
II Leitura:            II Filip 4, 4-7
«O Senhor está próximo»
A Religião cristã é uma religião de alegria. É certo que alguns cristãos ficam apenas na Quaresma, esquecidos de que ela é apenas uma etapa na obra redentora, e de que, para além da Paixão e da Ressurreição, Cristo continua a viver no meio de nós, pondo-nos em comunhão com Deus e com os irmãos.
A alegria é uma consequência da nossa fé, um imperativo do Senhor, que S. Paulo reforça. O cristão deve vivê-la, mesmo nas horas más, deve transmiti-la, dando assim testemunho da presença de Deus no mundo.
                                               
ALELUIA               Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
O Espírito do Senhor está sobre mim:
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres
                                                                                             
Evangelho                          Lc 3, 10-18
«Que devemos fazer?»
João Baptista inserindo-se na linha dos profetas do A. T., para os quais a conversão consistia em voltar a viver o amor de Deus e do próximo, indica aos homens das mais diversas classes sociais qual a penitência agradável a Deus – o cumprimento dos seus deveres, em função do amor do próximo.
Mas a conversão, com o abandono do pecado, é também recepção do Espírito, ou Amor de Deus, princípio duma vida nova, que se comunica mediante um sinal de conversão – o Baptismo. Ninguém é excluído desta conversão, pois todas as situações humanas se podem viver no amor.
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 17 A 22 DE DEZEMBRO
Seg 17
Gen 49, 2.8-10 – Salmo 71 – Mt 1, 1-17
“Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David”
Ter 18
Jr 23, 5-8 – Salmo 71 – Mt 1, 18-25
“Jesus nascerá de Maria, desposada com José, filho de David”
 Qua 19
Jz 13, 2-7. 24-25a – Salmo 70 – Lc 1, 5-25
“É anunciado pelo anjo Gabriel o nascimento de João Baptista”
 Qui 20
Is 7, 10-14 – Salmo 23 – Lc 1, 26-38
“Conceberás e darás à luz um Filho”
 Sex 21
São Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja
Ct 2, 8-14 ou Sf 3, 14-18a – Salmo 32 – Lc 1, 39-45
“Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu   Senhor?”
Sab 22
  1 Sm 1, 24-28 – Salmo 1 Sm 2, 1-8 – Lc 1, 46-56
“O Todo-poderoso fez em mim maravilhas”

PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:
Miq 5, 1-4a
«De ti sairá Aquele que há-de reinar sobre Israel»
Salmo  79
Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.
Hebr 10, 5-10
«Eu venho para fazer a vossa vontade»
Lc 1, 39-45
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 16 DE DEZEMBRO   (09:30h)
·         Maria da Conceição da Silva, da Quinta; Familiares de Conceição Soares; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Familiares de Horácio Carneiro, de Requim; Domingos Vieira e familiares
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 23 DE DEZEMBRO   (09:30h)
·         Rosa de Jesus; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas, Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Emídio Ribeiro, José Gomes de Araújo; Francisca Moreira Pinto; Associados da Mensagem de Fátima; José de Araújo



-16 DEZ: - - Uma Hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento
     Igreja, 15:00h
“E nós, que devemos fazer?”
Os bens que temos à nossa disposição são sempre um dom de Deus e, portanto, pertencem a todos: ninguém tem o direito de se apropriar deles em seu benefício exclusivo. As desigualdades chocantes, a indiferença que nos leva a fechar o coração aos gritos de quem vive abaixo do limiar da dignidade humana, o egoísmo que nos impede de partilhar com quem nada tem, são obstáculos intransponíveis que impedem o Senhor de nascer no meio de nós. As nossas comunidades e nós próprios damos testemunho desta partilha que é sinal do Reino proposto por Jesus?
Os publicanos eram aqueles que extorquiam dinheiro de modo duvidoso, despojando os mais pobres e enriquecendo de forma ilícita. Que dizer dos modernos esquemas imorais (às vezes lícitos, mas imorais) de enriquecimento rápido? Que dizer da corrupção, do branqueamento de dinheiro sujo, da fuga aos impostos, das taxas exageradas cobradas por certos serviços, das falcatruas? Será possível prejudicar conscientemente um irmão e acolher “o Senhor que vem”?
“Não exerçais violência sobre ninguém”… E os actos de violência, que tantas vezes atingem inocentes e derramam sangue ou, ao menos, provocam sofrimento e injustiça? E a exploração de quem trabalha, a recusa de um salário justo, ou a exploração de imigrantes estrangeiros? E as prepotências que se cometem nos tribunais, nas repartições públicas, na própria casa e, tantas vezes, nas recepções das nossas igrejas? Neste quadro, é possível acolher Jesus?
Ser cristão é ser baptizado no Espírito, quer dizer, é ser portador dessa vida de Deus que nos permite testemunhar Jesus e a sua proposta




CELEBRARR


Domingo II do Advento
09 de dezembro de 2012

Preparai o caminho do Senhor e endireitai as suas veredas

Lc 3, 4



Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

 O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

 A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

 A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO II DO ADVENTO


I Leitura:             I Bar 5, 1-9

«Deus mostrará o teu esplendor»


Deus promete a Israel dias de glória e de bênção, que porão fim ao cativeiro da Babilónia. Os membros do Povo eleito, dispersos, em pequenos grupos, num mundo pagão, hão-de reunir-se, não pelo esforço dos homens, mas por obra do mesmo Deus, em volta de Jerusalém, constituindo, de novo, uma nação com destino próprio.

Como a Israel, Deus também nos libertou, por meio de Jesus Cristo, que veio à terra para nos reunir no Seu Povo, a Sua Igreja, a «Jerusalém do alto» e «nossa mãe».         

Salmo  125

O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo

II Leitura:            Filip 1, 4-6.8-11

«Puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo»

Graças à acção divina e à cooperação dada pelos cristãos de Filipos, o Evangelho difundiu-se extraordinariamente. Por isso, S. Paulo, com os mesmos sentimentos de alegria com que o profeta cele¬brava o «regresso» a Jerusalém, canta a «conversão» dos homens ao Evangelho, ao mesmo tempo que exorta os Filipenses a continuarem a trabalhar na construção da Igreja, pelo progresso na caridade e no conhecimento de Deus.

                                               
ALELUIA               Lc 3, 4.6

Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas e toda a criatura verá a salvação de Deus.

                                                                                             
Evangelho Lc 3, 1-6

«Toda a criatura verá a salvação de Deus»


S. Lucas situando, com precisão, a pregação de João Baptista no coração da história dos homens, indica, claramente que a salvação é universal, oferecida a todos os homens, sem excepção. «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados» (LG 13). A condição essencial para a aceitação da salvação é a conversão a Deus, que envolve, como consequências,  a libertação do pecado.

Para que a vinda misteriosa de Cristo às nossas almas, hoje se cumpra, é necessário, pois, «preparar os caminhos do Senhor».

PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 10 A 15 DE DEZEMBRO

Seg 10 dez
Is 35, 1-10 – Salmo 84 – Lc 5, 17-26

“Hoje vimos maravilhas”
 
Ter 11 dez
São Dâmaso I, Papa  (MF)

Is 40, 1-11 – Salmo 95 – Mt 18, 12-14

“Deus não quer que se percam os humildes”

Qua 12 dez
Santa Joana Francisca de Chantal, religiosa  (MF)

Is 40, 25-31 – Salmo 102 – Mt 11, 28-30

“Vinde a Mim, todos os oprimidos”

 Qui 13 dez
Santa Luzia, virgem e mártir  (MO)

Is 41, 13-20 – Salmo 144 – Mt 11, 11-15

“Não apareceu ninguém maior do que João Baptista”

 Sex 14 dez
São João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja

Is 48, 17-19 – Salmo 1 – Mt 11, 16-19

“Não ouvem João nem o Filho do homem”

Sáb 15 dez 
 Eclo 48, 1-4. 9-11 – Salmo 79 – Mt 17, 10-13

“Elias já veio e não o reconheceram”


PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:


Sof 3, 14-18a

«O Senhor exulta de alegria por tua causa»

Salmo  Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 6)

Povo do Senhor, exulta e canta de alegria

II Filip 4, 4-7

«O Senhor está próximo»

Lc 3, 10-18

«Que devemos fazer?»


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 09 DE DEZEMBRO   (09:30h)

·        Albano Ferraz, do Carreiro; António da Silva Pinto e seus pais; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Luísa Pereira e marido, do Alto; Missa de Ação de Graças; António da Silva Cabral, esposa e filho; Alexandre Medon e filhos


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 16 DE DEZEMBRO   (09:30h)

·         Maria da Conceição da Silva, da Quinta; Familiares de Conceição Soares; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira

-16 DEZ: - Reunião mensal dos Acólitos, Igreja, a seguir à Missa

                - Uma Hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento

  Igreja, 15:00h

O Advento é um tempo favorável para o êxodo da terra da escravidão para a terra da liberdade. Neste tempo somos especialmente confrontados com as cadeias que ainda nos prendem e convidados a percorrer esse caminho de regresso que a bondade e a ternura de Deus vão aplanar, a fim de que possamos regressar à cidade nova da alegria e da liberdade.

 João é o profeta, cujo anúncio prepara o coração dos homens para acolher o Messias. A dimensão profética está sempre presente na comunidade dos baptizados. A todos nós, constituídos profetas pelo baptismo, Deus chama a dar testemunho de que o Senhor vem e a preparar os caminhos por meio dos quais Jesus há-de chegar ao coração do mundo e dos homens.

Preparar o caminho do Senhor é convidar a uma conversão urgente, que elimine o egoísmo, que destrua os esquemas de injustiça e de opressão, que derrote as cadeias que mantêm os homens prisioneiros do pecado… Preparar o caminho do Senhor é um re-orientar a vida para Deus, de forma a que Deus e os seus valores passem a ocupar o primeiro lugar no nosso coração e nas nossas prioridades de vida.

Só é possível acolher, com um coração puro e irrepreensível, o Senhor que vem se a caridade for, entre nós, uma realidade viva.

É possível que a nossa comunidade não seja, ainda, um modelo de perfeição: somos um grupo de irmãos com os nossos limites e defeitos… Sem desânimo, devemos ter presente que somos uma comunidade “a caminho”, em processo de construção. O que é importante é que saibamos acolher o Senhor que vem e deixar que Ele nos conduza à plenitude da vida e do amor.