DOMINGO XXXI
DO TEMPO COMUM
04 de
novembro de 2012
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a
tua alma e com todas as tuas forças Deut 6, 5
A liturgia do 31° Domingo do Tempo Comum diz-nos que o
amor está no centro da experiência cristã. O caminho da fé que, dia a dia,
somos convidados a percorrer, resume-se no amor a Deus e no amor aos irmãos -
duas vertentes que não se excluem, antes se complementam mutuamente.
A primeira leitura apresenta-nos o início do
"Shema' Israel" - a solene proclamação de fé que todo o israelita
devia fazer diariamente. É uma afirmação da unicidade de Deus e um convite a
amar a Deus com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças.
A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo como o
sumo-sacerdote que veio ao mundo para cumprir o projecto salvador do Pai e para
oferecer a sua vida em doação de amor aos homens. Cristo, com a sua obediência
ao Pai e com a sua entrega em favor dos homens, diz-nos qual a melhor forma de
expressarmos o nosso amor a Deus.
O
Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a experiência de
fé do discípulo de Jesus se resume no amor - amor a Deus e amor aos irmãos. Os
dois mandamentos não podem separar-se: "amar a Deus" é cumprir a sua
vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de
partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação,
desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais
da vida cristã.
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM
I Leitura: Deut 6, 2-6
«Escuta, Israel: Amarás o Senhor com todo o
teu coração»
Amar a Deus de todo o
coração, acima de todas as coisas, é lei fundamental para todo o homem. Não é
novidade trazida por Cristo; constitui princípio absoluto já no Antigo
Testamento. Jesus há-de recordá-lo para o levar depois à perfeição. Não é por
acaso que o povo judaico, já desde o Antigo Testamento, introduziu esta
passagem bíblica na sua oração da manhã diária. Nós também agora a lemos na
oração da noite (Completas) na Véspera de cada domingo.
Salmo 17
Refrão: Eu Vos amo, Senhor:
Vós sois a minha força.
II Leitura:
Hebr 7, 23-28
«Porque permanece para sempre, possui um sacerdócio eterno». Na
continuação dos domingos anteriores, a leitura da Epístola aos Hebreus
aprofunda o sentido do sacerdócio de Cristo; ele é superior ao da Antiga
Aliança, porque é intransmissível, por isso, eterno. Na glória da ressurreição,
em que vive agora para sempre, Jesus intercede por nós, e as acções sacerdotais
da Igreja sobre a terra significam e tornam operante para os homens de todos os
tempos e lugares o sacerdócio eterno de Jesus Cristo.
ALELUIA Jo
14, 23
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
Evangelho:
Mc 12, 28b-34
«Amarás
o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»
Na Nova Aliança,
Jesus, o Filho de Deus, leva à perfeição o primeiro mandamento da Lei, o amor
de Deus, e declara o amor para com o próximo, o segundo mandamento, semelhante
ao primeiro. Reconhecê-lo e aceitá-lo é já um grande dom e o ponto de partida
para o pôr em prática. Foi assim a primeira atitude do escriba; e Jesus louvou-o
por isso. Ele estava já no bom caminho.
PALAVRA DE DEUS
PARA A SEMANA DE 05 A 10 DE NOVEMBRO
Seg, 5 nov
Fl 2, 1-4 – Salmo 130 – Lc 14, 12-14
“Não
convides os teus amigos mas os pobres e os doentes”
Ter, 6 nov
São Nuno de santa maria, religioso (MO)
Fl 2, 5-11 – Salmo 21 – Lc 14, 15-24
“Vai
pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar, para que a minha
casa fique cheia”
Qua, 7 nov
Fl 2, 12-18 – Salmo 26 – Lc 14, 25-33
“Quem
não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo”
Qui, 8 nov
Fl 3, 3-8a – Salmo 104 – Lc 15, 1-10
“Haverá
alegria entre os anjos de deus por um só pecador que se arrependa.”
Sex, 9 nov
Dedicação da Basílica de Latrão (F)
Ex 47, 1-2. 8-9 ou Cor 3, 9c-11. 16-17 –
salmo 45 – Jo 2, 13-22
“Falava
do templo do Seu corpo”
Sáb, 10 nov
São Leão Magno, Papa e doutor da
Igreja (MO)
Fl 4, 10-19 – Salmo 111 – Lc 16, 9-15
“Se
não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o
verdadeiro bem?”
PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:
1
Reis 17, 10-16
«Do seu punhado de
farinha, a viúva fez um pãozinho
e trouxe-o a Elias»
Salmo
145 Ó minha alma, louva
o Senhor.
Hebr
9, 24-28
«Cristo ofereceu-Se
uma só vez
para tomar sobre Si
os pecados de muitos»
Mc
12, 38-44
«Esta pobre viúva deu
mais do que todos os outros»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA DE 04 DE NOVEMBRO
·
António Soares
Pinheiro; João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da
Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; António
Vieira, esposa e filho; Joaquim Pinto Vieira e esposa; Maria Rosa Leal
Pinheiro; Emídio Luís; António Pinto Melo; António Silva; António Antunes
esposa e filho
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 10 DE NOVEMBRO (18:30h)
·
Pais e irmão de
José Barreto; António Silva Luís; Alexandre da Silva Azeredo; Maria Pinto da
Costa e marido, de Requim; António da Silva Pinto e seus pais; Manuel Joaquim
Teixeira; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Luísa Pereira e marido, do
Alto, Albano Ferraz do Carreiro,
6
NOV: - A Fé Professada, por P. Emanuel Brandão,
Centro Cultura Católica-Torre da Marca-Porto, 2100h
8
NOV: - Recepção do Concílio do Sínodo da Nova
Evangelização, por D. António Couto, Associação Católica do Porto, rua
Passos Manuel, 54, Porto, 21.30h
10
NOV:- Encontro com os adolescentes
que vão frequentar a catequese e seus pais, 17:00h
-Missa Vespertina, 18:30h
11
NOV:-Magusto de S. Martinho, Adro da
igreja, de tarde
O que é "amar a Deus"? De acordo com o
exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, antes de mais, pela
escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas propostas e pela obediência
total dos seus projectos para mim próprio, para a Igreja, para a minha
comunidade e para o mundo.
O que é "amar os irmãos"? De acordo com o
exemplo e o testemunho de Jesus, o amor aos irmãos passa por prestar atenção a
cada homem ou mulher com quem me cruzo pelos caminhos da vida, por sentir-me
solidário com as alegrias e sofrimentos de cada pessoa, por partilhar as
desilusões e esperanças do meu próximo, por fazer da minha vida um dom total a
todos. O mundo em que vivemos precisa de redescobrir o amor, a solidariedade, o
serviço, a partilha, o dom da vida.
É fundamental que tenhamos consciência de que estas
duas dimensões do amor - o amor a Deus e o amor aos irmãos - não se excluem nem
estão em confronto uma com a outra. Amar a Deus é cumprir a sua vontade e os
seus projectos; ora, a vontade de Deus é que façamos da nossa vida um dom de
amor, de serviço, de entrega aos irmãos - a todos os irmãos com quem nos
cruzamos nos caminhos da vida.